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Com auditório lotado, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) reuniu neste dia 7 de novembro os futuros prefeitos da região Sul para um debate sobre o Desenvolvimento Social. Uma das áreas comentadas foi a Saúde, tema de diversos questionamentos dos participantes. A apresentação faz parte do Seminário Novos Gestores, promovido pela entidade entre os dias 7 e 9 deste mês.

O diálogo foi conduzido pela consultora da CNM, Carla Albert, quem mostrou aos participantes o modelo de financiamento adotado para a área, bem como os programas existentes. Algumas das iniciativas são: o Programa Saúde da Família (PSF), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e as Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Albert destacou que o governo federal repassa aos Municípios apenas uma parte do dinheiro, insuficiente para cobrir os verdadeiros custos. Em uma das lâminas da apresentação, a consultora mostrou que a defasagem do Estratégia Saúde da Família chega a 26,2%. Os Municípios recebem uma média de R$ 10.695, quando o repasse deveria ser de R$ 13.942,61 pelo menos.

O tema despertou o interesse do prefeito de Ipê (RS), Valerio Marcon, que aproveitou o momento para fazer um desabafo. “Nós temos três equipes da Estratégia Saúde da Família. Nós fizemos uma reforma na Unidade Básica da sede no Município e agora a coordenadoria de Saúde está me cobrando para que eu responda aos investimentos feitos para qualificar o atendimento à população. Ou seja, nós ampliamos, reformamos, compramos os equipamentos e ela [a coordenadoria] quer que a gente explique sob pena de perdermos o repasse do programa. A gente se dedica para melhorar, qualificar e agora eu estou com esse abacaxi nas mãos para descascar”.

“É o que eu comento sempre prefeito. Nós gestores estamos tentando fazer as melhorias, mas essa interferência do poder central trava. Estão querendo mandar nos Municípios, impondo uma série de regras as quais os prefeitos têm de se sujeitar”, respondeu o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

Presente de grego

O prefeito de Palmas (PR), Kosmos Nicolaou, também acompanhou a apresentação e sinalizou interesse em construir uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na cidade. “Eu sou médico e gostaria de instituir uma UPA no meu Município. A palestrante falou sobre o PSF, o Samu, as UPAs e eu gostaria de saber qual o posicionamento da CNM a respeito do que pode acontecer com as UPAs na próxima gestão”.

Sem hesitar, Ziulkoski comentou que as Unidades de Pronto Atendimento são um “presente de grego” e fez um alerta ao futuro prefeito. “Se o senhor está pensando em abrir uma UPA, repense porque das 500 UPAs que foram licitadas no país têm somente umas 40 ou 50 funcionando”.

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