Print this page
O mundo era muito diferente quando a jovem Maria Lúcia se encantou pelo médico recém formado e vereador Geraldo, de Pindamonhangaba. Era uma época de muitas dificuldades e o que predominava na família daquela jovem, nascida em SP, mas criada em Pinda, eram os valores familiares, o respeito, o carinho e a simplicidade. Mas a vida reservava bem mais para o vereador, que dividia o tempo também fazendo residência médica. Com tudo isso, ele se elegeu prefeito, depois deputado, vice governador, governador e é um potencial candidato a presidente da República em 2018.
O mundo mudou. Mas dona Lu continua sendo a mesma pessoa com seu jeito obstinado e criativo. Poderia ter escolhido um caminho mais fácil de primeira dama, sem se expor e apenas cuidar da estrutura familiar para dar respaldo ao marido. Dona Lu fez mais, muito mais. Criou três filhos, é extremamente preocupada com sua família, mas ainda assim conseguiu impor sua marca, com os mesmos ideais dos tempos de Pindamonhangaba. Ela criou uma estrutura que hoje se move sozinha tanto na capital como em várias cidades do interior, capacitando pessoas para que consigam, sozinhas, reforçar o sustento de seus lares. Hoje, são mais de 175 mil pessoas que aprenderam desde fazer vários tipos de pães até como trabalhar de pedreiro.
Lu Alckmin é sempre lembrada nos discursos do governador, o que revela bem o perfil desta senhora, de 66 anos, sorriso encantador, cativante e que prefere jogar bola com os netos a assistir televisão. Ele lembra, por exemplo, a noite em que caiu uma tempestade em Pindamonhangaba e ele, prefeito, recebeu um telefonema de madrugada. “Mas o que você vai fazer lá a essa hora, se não vai poder fazer nada?”, questionou ela.
“Quando não dá pra fazer muita coisa, só a presença já diz muito, já é importante, porque mostra nossa preocupação”, respondeu o marido. Em poucos minutos, ela estava a seu lado, tomando chuva junto com o marido, tentando minimizar o sofrimento das vítimas das chuvas. Dona Lu gosta de exemplos. E transmite seus valores desta maneira. Ela lembra que sua mãe foi uma referência importante em sua formação. Eram 12 filhos, mas ainda assim se preocupava com as pessoas. Dona Lu faz das lembranças do carinho de sua mãe uma mola propulsora em suas ações.
Os desafios de hoje são muito diferentes de antes e bem maiores agora. Porém, dona Lu mostra-se disposta a lutar pelos sonhos e ajudar as pessoas em escala cada vez maior.
Lu Alckmin é a entrevistada especial desta edição – em quatro páginas, uma deferência especial –onde fala da família, da vida na política, e desta praticamente certa luta do governador Alckmin para chegar à Presidência da República.

O casal Alckmin está vivendo um momento muito especial em sua vida política. A senhora chegou imaginar que o então vereador Geral Alckmin chegaria a concorrer à Presidência da República?
Capacidade para chegar onde chegou Geraldo sempre demonstrou ter. Ele vem trilhando seu caminho com muito trabalho, respeito às pessoas, honestidade e retidão de caràter, sem falar que já foi vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal e quatro vezes governador. Experiência ele tem para assumir um posto dessa magnitude. Mas tudo acontece a seu tempo. Vamos aguardar.

Hoje, olhando para o passado, tem alguma coisa que a senhora teria feito diferente?
Não, Sou feliz pelas escolhas que fiz e pelo caminho que trilhei até o momento. Fazer o trabalho social é algo maravilhoso, que faz mais que bem para quem se dispõe a ajudar do que para quem é beneficiado. Só por isso, já sou muito grata por tudo que tem acontecido na minha vida.

Em uma grande parte do trabalho de Fundos Sociais de Solidariedade, a ação chega muito próximo do paternalismo. Essa visão está errada?
Nos Fundos Municipais, acredito que essa mentalidade mudou desde que começamos a trabalhar mais fortemente com a qualificação profissional. Se você percorrer o interior do Estado de São Paulo, verá que a maioria dos municípios hoje tem convênio com algum curso da Escola de Moda, de Beleza, de Construção Civil ou Padaria Artesanal do Fundo Social de Solidariedade do Estado. O nosso objetivo não é dar o peixe, mas ensinar a pescar. Quando a pessoa se capacita e adquire conhecimento, isto é algo que ninguém tira dela. Ela se torna independente para decidir seu futuro.

Confira a entrevista completa clicando aqui